Jardim Montanhês
Passadas a infância e a adolescência e, com o fim de muito espaço que era considerado sagrado, várias páginas foram viradas em definitivo.Não seria, claro, o fim das ilusões. Porém, a História já não tem os pés descalços, e o verde vai virando cinza. As adaptações são urgentes e necessárias; quem é filho hoje será pai ou até avô amanhã. Pena que o tempo nos torna menos crianças, mais amargos e até tristonhos.No dia 1º de maio de 2005, houve um pequeno show aéreo, que contou com a presença de poucos aviões (entre eles, um único "tucano"). Senti uma enorme vontade de ir ao Aeroclube para fotogra...
Que bom seria viver num Jardim Montanhês de outrora... Com o mesmo espaço enorme, com tantos e tão bons amigos e a simplicidade de outros tempos. Até as dificuldades pareciam favorecer o melhor entrosamento entre as poucas famílias aqui existentes.É preciso acordar: o tempo passou e muita coisa, naturalmente, mudou. Nada será como antes; hoje, a realidade é muito diferente. Se, por dentro, continuamos iguais, por fora também somos bastante diferentes.A especulação imobiliária modernizou e inchou o pequeno bairro com infraestrutura, pequenos e médios prédios, muito barulho e, o pior, a chegada ...
Meu primeiro contato com Manoel Gomes Júnior foi em 1964, ano do golpe militar. Na época, perto de completar quinze anos de idade, eu jogava no Petiz do Grêmio Mariano Esportivo e o Eugênio, filho dele, fazia sua estréia no time. Foi o Sr. Manoel que fez a foto daquele time e depois presenteou a cada um de nós, com uma cópia. Depois disso nos perdemos por um tempo, mesmo estando no mesmo bairro, separados pelo córrego do Pastinho, a menos de cinco quadras um do outro.Aos meus 18 anos, o sonho de me tornar um craque da pelota ia ficando pra trás, trocado, aos poucos, pela música e pela literatu...
Nesses tempos em que o nosso dia a dia tornou-se uma tremenda correria sem quê e nem pra quê, ainda preservo o vício de me inteirar das notícias logo cedo pelo jornal impresso. Atualmente leio o Estado de Minas, do qual sou assinante, e nem sempre as notícias e as matérias acrescentam alguma coisa ou me trazem algo de novo ou de bom. Entretanto, algumas crônicas, tradição deste jornal, me fazem refletir e ver que nem tudo está no caminho do caos. Entre os cronistas atuais diários destaco o Frei Beto, o poeta Afonso Romano e o compositor Fernando Brant, a quem dedico esse texto.Todas as quartas...