Da casa de pedra, restam atualmente só alicerces, paredes rebocadas e lembranças. Chegando no local, o que se vê é um muro alto e um pequeno portão branco. O quintal é espaçoso e ainda tem algumas árvores, mas o lote foi dividido entre dois irmãos e duas novas casas, uma colada na outra, foram construídas no lugar da casinha histórica.
D. Maria é uma senhora ágil, que fala manso e agudo, mas não gosta muito de rodeios, vai direto ao assunto. Durante a conversa, ela riu da própria história, falou com saudades dos pais e demonstrou ter muita ligação com a família.
No segundo dia em que nos encontramos, como não conseguimos conversar no primeiro encontro, reparei a grande quantidade de pássaros em gaiolas. Disseram-me que eram do irmão dela, que mora ao lado. A todo tempo, eles piavam e cantavam e isso ficou documentado na gravação. A conversa foi boa, deu para conseguir bastante história sobre a casa de pedra e um pouco do cotidiano da família no bairro.
Luciana Priscila do Carmo, 09/06/2005