Quando iniciou-se a construção de Brasília, muitos migrantes, vindos de todas as regiões do Brasil, chegaram à localidade para trabalhar e construir suas vidas. Viviam inicialmente na Cidade Livre (hoje Núcleo Bandeirante), em casas de madeira, uma vez que tudo deveria ser desmanchado ao final da construção da cidade. Até mesmo o primeiro hospital (HJKO – Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira) foi erguido desta forma, porém, após a inauguração da nova capital, tudo permaneceu de pé e funcionando. O HJKO funcionou até meados da década de 1970, e só foi desativado após o Hospital Distrital (hoje Hospital de Base) estar em pleno funcionamento.
Essa é a história do local e das construções que foram transformadas no Museu Vivo da Memória Candanga, que fica a 10 Km do centro de Brasília, no Núcleo Bandeirante. O edifício que já foi hospital hoje abriga acervos de artistas locais, trabalhos dos primeiros fotógrafos de Brasília – Mário Moreira Fontenelle, Peter Scheir e Joaquim Paiva – e o conjunto arquitetônico leva o visitante a passear por ruas que foram habitadas pelos construtores anônimos da nova capital. Há também exposições permanentes e ambientações que revelam como era o HJKO e o Brasília Palace Hotel.
O Museu realiza também “Oficinas do Saber Fazer”, que, com a incumbência de registrar, difundir e recriar os saberes e modos de vidas diversos dos que aqui se encontraram para construir a cidade oferece oficinas de artesanato e arte popular à comunidade em geral.
O Museu conta ainda com pequeno Auditório e Galeria para ações que promovam os ideais difundidos pelo museu e temas afins. O grande parque onde o Museu está instalado possui bosque com árvores frutíferas, parque infantil e área para lanche com mesas e bancos.
Foto: Arquivo Público do Distrito Federal