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Paisagista que desenvolveu inúmeros projetos em Brasília, nasceu em São Paulo, no ano de 1909. Era o quarto filho do casal Cecília Burle e Wilhelm Marx, judeu alemão nascido em Stuttgart.

 

“A planta se achava estreitamente ligada à minha vida pelo exemplo de duas mães que tive a felicidade de possuir: uma, a verdadeira, e a outra, a que ajudou na minha criação. Lembro-me de minha mãe, em manhãs de sol do inverno paulista, podando roseiras. E eu já interessado por aqueles esqueletos de plantas, que dias depois se cobriam de brotos e desabrochavam em flores. (...) Depois a outra mãe, Ana, introduzindo-me na arte de semear e cultivar. O prazer de retirar da terra o primeiro rabanete semeado por mim é ainda bem vivo na minha memória”, relembrou Burle Marx em entrevista. (In: TACOW, José (org). Arte e Paisagem - Roberto Burle Marx. São Paulo: Studio Nobel, 2004, p. 15).

 

 

 

Burle Marx
Fonte: Arquivo Público do Distrito Federal

 

 

Em 1928, Burle Marx teve um problema de visão e a família mudou-se para a Alemanha em busca de tratamento. Durante os dois anos em que permaneceram naquele país, Burle Marx entrou em contato com as vanguardas artísticas. De volta ao Brasil, formou-se em arquitetura pela Escola Nacional de Belas Artes em 1933. Seu primeiro projeto paisagístico foi para o terraço-jardim da casa da família Schwartz, localizada em Copacabana, em 1932, por indicação de Lucio Costa.

 

Em Brasília, desenvolveu mais de vinte projetos paisagísticos, como os projetos originais do Parque da Cidade, do Eixo Monumental e anexos, além do Itamaraty, um dos mais belos da cidade. Burle Marx morreu de câncer em 04 de julho de 1994, no Rio de Janeiro. Deixou para os seus empregados o sítio localizado em Pedra Guaratiba, no Rio de Janeiro, com 3,5 mil espécies de plantas.

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